Delegada de Londrina x Floresta registra tiros e agressões

Leitura em: 2 min.

O que deveria ser uma noite de futebol pela Série C do Campeonato Brasileiro se transformou em um lamentável episódio de violência neste fim de semana. O empate em 0 a 0 entre Londrina Esporte Clube e Floresta, no Estádio do Café, foi o estopim para uma confusão generalizada que resultou em agressão a um atleta, intervenção policial com tiros de bala de borracha e múltiplos feridos, manchando a imagem do clube e do esporte local.

A frustração da torcida com o resultado, considerado insuficiente para as ambições do time na competição, transbordou dos limites da arquibancada logo após o apito final. Enquanto os jogadores se dirigiam ao vestiário, um grupo de torcedores conseguiu acesso a uma área restrita e partiu para cima dos atletas.

O alvo principal da hostilidade foi o volante Alisson, que foi covardemente agredido. O tumulto se formou rapidamente, exigindo uma intervenção imediata e enérgica da Polícia Militar, que estava presente para garantir a segurança do evento. Para conter a multidão e dispersar os agressores, os policiais fizeram uso de armas de contenção, disparando balas de borracha.

A ação, no entanto, acabou atingindo não apenas os envolvidos na briga. O preparador físico do Londrina, Guilherme Strass, e o analista de desempenho, Breno Barbosa, ambos membros da comissão técnica, foram feridos pelos projéteis. Além dos profissionais do clube, ao menos dois torcedores que estavam nas proximidades também foram atingidos.

Toda a sequência de violência foi meticulosamente registrada em súmula pela delegada da partida, enviada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O documento é a base para uma provável denúncia do clube ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o que pode acarretar em severas punições para o Londrina, incluindo multas pesadas e a perda de mandos de campo.

Paula Cristina Pereira Fernandes Negrão, a delegada do jogo, escreveu em seu RDJ: “Após o término da partida e da súmula, no vestiário do time mandante, a torcida local se digiriu até a porta do vestiário que se localiza na rua, proferiu xingamentos e se inicidou uma briga generalizada entre torcedores, comissão técnica e jogadores. O policiamento foi acionado e foi usado balas de borracha para conter a situação. Durante o confronto, foram atingidos Guilherme e Breno, além de dois torcedores não identificados do Londrina.”

Posicionamento Oficial e Investigações

Em resposta ao ocorrido, a diretoria do Londrina Esporte Clube emitiu uma nota oficial repudiando veementemente os atos de violência. O clube informou que já iniciou um processo de identificação dos agressores por meio de imagens do circuito de segurança do estádio e que tomará todas as medidas legais e cíveis cabíveis contra os responsáveis.

Por outro lado, uma das principais torcidas organizadas do clube também se manifestou, isentando a instituição de culpa direta nos atos. Segundo o comunicado do grupo, a agressão foi praticada por “pessoas isoladas” e não representa o comportamento da maioria dos torcedores que compõem a organizada.

O caso agora segue para duas frentes: a esportiva, com o julgamento no STJD, e a criminal, com a investigação da polícia para responsabilizar individualmente os autores da violência. O episódio deixa um rastro de insegurança e joga luz sobre a necessidade de medidas mais eficazes para garantir a paz nos estádios brasileiros, onde a paixão pelo futebol, por vezes, dá lugar a cenas de barbárie.

Foto: Londrina EC.

Mais resultados...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors